Em sua segunda edição, o Arte nas Estações exibiu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, três recortes do acervo do Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil – maior do mundo no segmento, formado a partir da coleção particular de Lucien Finkelstein. A sede da instituição fechou suas portas no Rio de Janeiro em 2016, deixando sem destino mais de 6.000 obras.
Na seleção, estão trabalhos de artistas, principalmente autodidatas, de diferentes gêneros, locais, raças e religiões, que na maioria das vezes não alcançaram um espaço de visibilidade no campo das artes visuais.
Com curadoria de Ulisses Carrilho, as mostras “Sofrência”, “Entre o Céu e a Terra” e “A Ferro e Fogo” ocuparam o Centro Cultural José Octávio Guizzo de setembro de 2024 a fevereiro de 2025, com um amplo programa educativo que partiu de um processo de escuta, para o diálogo e a construção coletiva com os públicos participantes: a comunidade escolar – professores, estudantes e educadores -, pessoas com deficiência, moradores e visitantes.
O projeto Arte nas Estações mostra a grandeza de uma arte, que tantas vezes foi taxada como algo menor, inocente, ingênua, mas é rica de expressividade, significados e técnicas. A arte popular é contemporânea e esta reflexão é um importante capítulo dessa história.