Arte nas Estações | Minas Gerais

LOCAL
Congonhas, MG
Conselheiro Lafaiete, MG
Ouro Preto, MG

CURADORIA
Ulisses Carrilho

IDEALIZAÇÃO
A-PONTE

ANO
2023

PATROCÍNIO
Instituto Cultural Vale
Sherwin Williams
Fundo de Filantropia da Família Hees

APOIO
Fundação de Arte de Ouro Preto
Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais
Secretarias Municipais de Cultura de Conselheiro Lafaiete, Congonhas e Ouro Preto

O projeto Arte nas Estações celebra a diversidade brasileira a partir de suas expressões artísticas. Manifesta cultura, história e entretenimento em diferentes lugares do país, por meio de exposições potentes e ações educativas transformadoras.

Em sua estreia, o Arte nas Estações exibiu três recortes do acervo do Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil – maior do mundo no segmento, formado a partir da coleção particular de Lucien Finkelstein. Arte Naïf é o termo usado para identificar a produção de artistas autodidatas, que não tiveram acesso ao ensino formal de arte. No entanto, reconhecemos que se trata de um termo questionável e defendemos a sua utilização para desmontar a ideia de inferioridade e sublinhar o texto político que estas obras carregam.

Com curadoria de Ulisses Carrilho, as mostras “Sofrência”, “Entre o Céu e a Terra” e “A Ferro e Fogo” ocuparam o Paço da Misericórdia, em Ouro Preto, o Museu de Congonhas, na cidade de Congonhas e o Centro Cultural Maria Andrade Resende – Museu Ferroviário, em Conselheiro Lafaiete. As exposições foram exibidas simultaneamente durante oito meses pelas três cidades.

As mostras foram acompanhadas de um amplo programa educativo que partiu de um processo de escuta, para o diálogo e a construção coletiva com os educadores e outros públicos da região.

Programa educativo

O programa educativo do Arte nas Estações tem como objetivo elaborar processos de relação, diálogos e criação de vínculos com a comunidade escolar – professores, estudantes e educadores –, pessoas com deficiência, moradores e turistas que visitaram as cidades.

Este programa parte de três linhas de ação: visitas mediadas, formação com professores e educadores e programação cultural em articulação com o território. Todas partiram de um processo de escuta, construção coletiva e diálogo com os públicos participantes.

O programa procura contribuir com processos de formação e experimentação dos laços culturais presentes nas obras e também na localidade. Atento aos recortes curatoriais, tecemos a partir dos enunciados presentes aproximações e envolvimento com o cotidiano, práticas do trabalho, festas, ritos, religiosidades e paisagens que conectaram o programa de exposições às manifestações de alegria, lazer, amor.

Experiência digital

Depois de passar por Ouro Preto, a mostra Sofrência chegou no Metaverso para romper as fronteiras físicas do espaço expositivo. Foi desenvolvida pela equipe criativa do Museu.xyz, utilizando o software de modelagem 3D gratuito, o Blender, e o motor de jogos Unity 3D.

A exposição encontra-se hospedada na plataforma de mundos virtuais Spatial, que oferece a possibilidade de conectar a sua carteira de criptoativos, criar ambientes virtuais, expor NFTs, adquirir e utilizar wearables e avatares tokenizados. É importante destacar que a plataforma foi escolhida devido à sua acessibilidade, permitindo que até mesmo aqueles que ainda não estão familiarizados com o conceito de Web3 tenham acesso através de e-mail ou contas sociais (Apple, Microsoft e Google).

A mostra segue o conceito do digital twin (“gêmeo digital”). O espaço físico, a expografia, localização das obras, cenografia, cor das paredes e a projeção de um vídeo são exatamente os mesmos da mostra original. O visitante, ou melhor, seu avatar, vai percorrer uma versão idêntica do Paço da Misericórdia, de Ouro Preto, onde aconteceu a primeira montagem de “Sofrência”.